Sérgio Skopinski

O menino de origem polonesa, que com muito trabalho, se transformou num grande industrial da porcelana.

Introdução:

Sérgio Skopinski nasceu em Porto Alegre, no bairro São Geraldo (na época Av. Industrial, atual Av. Polônia ) em 28 de novembro de 1.933; Filho dos descendentes de origem polonesa, seu pai se chamava João e a mãe Ianina Skopinski. Desde menino sempre foi muito apegado à família, ajudando-a com pequenas tarefas desde os 9 anos de idade.

Uma vida Familiar e de Trabalho Exemplar:

1.957: Em 11 de maio casou-se com a vizinha e amiga de infância Shirley Santana, que passou a assinar Shirley Skopinski; Viveu quase toda a vida na Av. Polônia e na Av. Guido Mondin;

1.958: Em 27 de julho nasceu a filha única, Magda Susana Santana Skopinski, que após o casamento passou a assinar Magda Susana Carniel;

1.960: Em 16 de dezembro Sérgio Skopinski se formou Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica de Comércio do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre;

1.962: Em 19 de fevereiro passou a trabalhar como Contador e Procurador na Industria e Comercio de Porcelana Rebis Ltda., situada na Av. Francisco Trein, 667, no bairro Passo d’Areia; firma que fora fundada em 1.956 por 3 imigrantes europeus: o alemão Anton Steiner, o iugoslavo Ivo Res e pelo polonês Josef Bilan (nota 1) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rebis;

1.963: Em 26 de dezembro se torna sócio com uma cota inicial de 10% do capital social na Ind. e Com de Porcelana Rebis Ltda.

1.964 a 1.967 O sr. Sérgio Skopinski vai assumindo mais funções na gestão da fábrica; nesta época assume cota de 25% do capital social; com seu dinamismo e empatia, se envolve em novos projetos como a ampliação de modelos e opções na fabricação de bibelôs e dançarinas de porcelana;

1.977: Neste ano o Sr. Sérgio assume cota de 95% do capital social da fábrica juntamente com a sua cunhada Geci Santana que detém os outros 5%; portanto daqui pra frente a empresa passa a ser 100% da família Skopinski e Santana.
Neste mesmo ano a sede da fábrica é transferida para a av. dos Prazeres, 903 na Vila Jardim;

Nos anos seguintes a empresa tem considerável evolução na produção de peças de alta qualidade, gerando emprego e renda para até 35 famílias, basicamente composta de mulheres que aprendem o ofício na própria fábrica. O lado humano do empreendedor se destaca, apoiando suas colaboradoras com cursos de costureiras, pintura a mão, plano de saúde (benefício raro na época…), cestas básicas, auxílio farmácia e oculista entre outros.

Entre os principais produtos fabricados se destacam: bibelôs, cinderelas e bailarinas que são comercializadas até os dias atuais, como relíquias, supervalorizadas, tais como:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1541309318-antiga-escultura-de-bailarina-porcelana-rebis-grande-rara-_JM?searchVariation=57029818707#searchVariation=57029818707&position=2&search_layout=stack&type=item&tracking_id=7547462d-6a50-4685-a113-fbf2a41fdbb3 Nota 2; Peça Vendida no Mercado Livre como raridade por mais de R$ 1.428,00;

Até mesmo na Europa, aparecem ofertas de peças produzidas na fábrica; nota 3;

https://twitter.com/AntiquePorto/status/1277566354632003585?t=1D2kLD-fN6KHFXyYz-QMXA&s=19

Na próxima década a produção se desenvolveu, atendendo os grandes mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro; São vendidas em lojas de presentes finos e até mesmo nos aeroportos.

A fábrica tocada pelo sr. Sérgio é motivo de estudo na https://www.scielo.br/j/anaismp/a/5XrJxbLPM6MKx5DCyGznx8j/?lang=pt Nota 4; A pesquisadora Vania Carneiro de Carvalho analisa num estudo chamado “Cinderelas, bailarinas e a vida longa das galanterias“ que vai para os Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material.

Nestes anos de muito trabalho e progresso o sr. Sérgio colocou sua marca pessoal, apoiando e participando de entidades tais como: Sociedade Gondoleiros; Sociedade Polonia; Igreja Católica Nossa Senhora de Monte Claro (inclusive na creche); Sindicato das Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça e Porcelana no RS; Associação dos Amigos do Quarto Distrito; entre outras atividades…

E principalmente, com sua alegria e simpatia contagiantes, quase que diariamente ajudava familiares, amigos, vizinhos , tanto no bairro São Geraldo onde residiu por décadas, bem como lá no Passo d’Areia e na Vila Jardim onde trabalhava todos os dias desde 1.952 até 2.013, portanto durantes mais de 50 anos…

Deixou um exemplo imensurável de garra e determinação para a esposa Shirley Skopinski, a filha única Magda Susana Carniel, o neto único Luiz Alencar Carniel Júnior, aos irmãos Leandro, Irene e Flávia; as cunhadas, cunhados e sobrinhos.

Escreveu seu nome com muita dedicação a família, ao estudo e sobremaneira ao trabalho diário, laborioso, sem nunca esmorecer.

Deixou a marca da Rebis destacada no http://www.porcelanabrasil.com.br/m-rebis.htm Nota 5, com o símbolo e também no Rebis, porcelana (dicionário) que está em https://mercadonegroantiguidades.com.br/rebis-porcelana/ Nota 6.

Deixou um legado exemplar sobre todos os aspectos, trabalhando com os pés descalços ajudando a família de seus pais desde os 9 anos de idade.

Durante mais de 50 anos se dedicou ao trabalho na indústria de porcelana, gerando emprego e renda para centenas de pessoas, marcando na porcelana seu nome como um grande industrial. Faleceu no dia 3 de setembro de 2.021.

Referências:

(1) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rebis

(2) https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1541309318-antiga-escultura-de-bailarina-porcelana-rebis-grande-rara-_JM?searchVariation=57029818707#searchVariation=57029818707&position=2&search_layout=stack&type=item&tracking_id=7547462d-6a50-4685-a113-fbf2a41fdbb3

(3) https://twitter.com/AntiquePorto/status/1277566354632003585?t=1D2kLD-fN6KHFXyYz-QMXA&s=19

(4) https://www.scielo.br/j/anaismp/a/5XrJxbLPM6MKx5DCyGznx8j/?lang=pt

(5) http://www.porcelanabrasil.com.br/m-rebis.htm

(6) https://mercadonegroantiguidades.com.br/rebis-porcelana/

(7) É de se destacar também o estudo feito por Chiesa, Carolina Dalla (1 de dezembro de 2013). «Memória e Trabalho em uma Fábrica de Porcelanas». Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Consultado em 16 de março de 2021.